Banhistas são atacados por piranhas em praia do Rio Tietê, em SP

SÃO PAULO – Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas numa prainha artificial do Rio Tietê, em Ubarana, a 468 km de São Paulo, na região de São José do Rio Preto. Elas foram atacadas por um cardume de piranhas. Os banhistas sofreram ferimentos principalmente nos pés. Eles foram atendidos em um posto médico e liberados. O Corpo de Bombeiros recomendou que as pessoas deixassem a água.

– Eu estava nadando e quando abaixei senti algo beliscar. Saí da água e meu pé estava sagrando – diz um banhista.

– Nós entramos na água e ela já mordeu meu pé – diz outra banhista.

Segundo o comerciante Manoel Barbosa de Carvalho, que trabalha na praia artificial, os ataques começaram há cerca de uma semana.

– Todo ano elas atacam – disse ele.

De acordo com o comerciante, as piranhas deixam ferimentos circulares nos dedos dos banhistas.

– Foi colocada uma grade, mas elas pulam – afirmou ele. O comerciante disse que os cortes não são graves, mas os banhistas ficam assustados.

Mesmo depois do ataque e do alerta do Corpo de Bombeiros, os banhistas ainda insistiam em ficar na água. A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência. No fim de semana passado, outros dois casos de ataques de piranhas foram registrados.

Há dois meses, na cidade de Adolfo, a 455 quilômetros de São Paulo, no noroeste do estado, também no Rio Tietê, 15 pessoas foram mordidas no pés. A prefeitura colocou placas avisando sobre os riscos, além de rede de proteção para os banhistas.

Especialistas dizem que os ataques acontecem por causa da pesca predatória, que reduz a quantidade de peixes, que são alimento das piranhas. Assim, elas chegam às margens dos rios para se alimentar.

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Fiscais apreendem 8 km de redes e flagram abusos de pesca no Rio São Francisco

Rio São FranciscoRecife (18/12/09) – Iniciada na última segunda-feira, dia 14/12, a fiscalização do defeso da piracema no rio São Francisco apreendeu mais de oito quilômetros de redes, oito embarcações e 415 kg de pescado nos municípios pernambucanos de Petrolândia, Itacuruba e Belém do São Francisco, todas no estado de Pernambuco. As multas ultrapassaram R$ 10 mil. A pesca nessa época do ano está sob restrições pois é o período da reprodução dos peixes.

Segundo o chefe da fiscalização do Ibama em Pernambuco, Leslie Tavares, a maioria dos peixes estava abaixo do tamanho mínimo permitido. “Os pescadores estão usando redes de malhas muito finas e, por isso, peixes que atingiriam oito quilos na fase adulta estão sendo capturados com menos de 200 gramas”. Tavares explica que a captura de fêmeas ovadas e de indivíduos muito jovens prejudica a reposição dos estoques pesqueiros, o que pode comprometer a sobrevivência dos próprios pescadores muito em breve.

Outro aspecto relatado pelos fiscais foi o desrespeito pelo ambiente por Rio São Francisco - Redes Apreendidasdiversos pescadores. “Muitas espécies que não tem grande valor são descartadas aos milhares na beira do rio virando comida dos urubus, um verdadeiro desperdício”, lamentou Tavares. Esse comportamento também é altamente prejudicial pois, além de causar incômodos como mau-cheiro e atração de animais nocivos como moscas e ratos, causa uma quebra perigosa na cadeia alimentar aquática. Embora não sejam consumidos pelos humanos, esses peixes descartados têm importância para a manutenção de outras espécies aquáticas.

O Ibama informa que as fiscalizações na bacia do Rio São Francisco continuarão até o final do período de defeso, que se encerra em 28 de fevereiro. Veja abaixo quais são as principais restrições à pesca para o trecho do “Velho Chico” que corta Pernambuco:

– É proibido qualquer tipo de pesca nas lagoas marginais aos rios e reservatórios.
– A quantidade máxima de peixe nativos permitida para o pescador profissional ou amador é de 5 kg mais um exemplar por dia. O uso de redes está proibido no trecho pernambucano do rio São Francisco.
– A captura de peixes que não realizam a piracema, que são exóticos ou foram introduzidos de outras bacias como a tilápia, bagre-africano, carpa, apaiari, tucunaré, tambaqui, tambacu, traíra, pescada-do-piauí, pacu-caranha, pilombeta, pirambeba e piranhas está liberada em qualquer quantidade.
– Peixarias, frigoríficos, entrepostos, restaurantes, hotéis, bares e quaisquer outros empreendimentos que comercializem, armazenem ou processem peixes de água doce devem ter declarado seus estoques ao Ibama até o dia 09/11. O desrespeito a essa regra também sujeita os infratores a multa e processo criminal.

Entenda o que é a piracema

A piracema é o período em que os peixes formam cardumes e migram grandes distâncias para atingir as áreas de reprodução. Exauridos pelo esforço, tornam-se presas fáceis, o que pode comprometer os estoques das espécies. Peixes muito apreciados e de grande valor comercial como o surubim e o dourado já não são encontrados em vários trechos do rio São Francisco. Assim, as regras do defeso protegem tanto o meio ambiente quanto a própria atividade da pesca.

Em Pernambuco há, na região do sertão, 12 colônias de pesca com aproximadamente 2,6 mil pescadores profissionais. Os principais municípios que integram a bacia do rio São Francisco são Belém de São Francisco, Cabrobó, Floresta, Ibimirim, Itacuruba, Jatobá, Orocó, Petrolândia, Petrolina, Serra Talhada, Serrita e Sta. Maria da Boa Vista. Por ser um rio altamente impactado pela existência de inúmeras hidrelétricas, projetos de irrigação e poluição urbana, o São Francisco é muito sensível á pesca predatória, o que torna o respeito ao defeso uma condição essencial para que a vida continue existindo no rio e em suas margens.

O Ibama esclarece que as licenças de pesca profissional são emitidas pela Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca. Já as licenças para pesca amadora são emitidas pelo próprio Ibama. A licença custa entre R$ 20 e R$ 60 por ano e é obrigatória para quem pesca com molinete ou carretilha. Menores de idade, homens com mais de 65 anos, mulheres com mais de 60 anos, aposentados e pescadores que utilizam apenas linha de mão ou vara simples estão isentos da obrigatoriedade da licença.

Mais informações sobre o defeso ou as licenças podem ser obtidos pela internet no endereço www.ibama.gov.br/pesca-amadora/

Airton De Grande
Ascom/Ibama/PE

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Ibama apreende oito mil metros de rede de caçoeira na Bahia

Salvador – Durante a execução de mais uma etapa da Operação Impacto Profundo II, no litoral sul da Bahia, uma equipe composta por servidores do Ibama, Instituto Chico Mendes, Coppa da Policia Militar e DPA da Policia Civil, após trabalho de investigação, encontrou 8.000m de rede do tipo caçoeira em um depósito na cidade de Canavieiras. A rede encontrava-se pronta para utilização, foi apreendida e o seu proprietário devidamente autuado. Esse tipo de rede foi proibido pela IN 138/2006 por ser altamente prejudicial ao meio ambiente, pois captura animais sem interesse comercial, como tartarugas e outros.

Ibama apreende oito mil metros de rede de caçoeira

Ascom Ibama

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No rastro dos tubarões

Sphyrna lewiniAgência FAPESP – A partir da análise de fragmentos do DNA mitocondrial de barbatanas, um grupo norte-americano, com participação de pesquisador brasileiro, conseguiu reconhecer a região geográfica oceânica na qual tubarões-martelo da espécie Sphyrna lewini – globalmente explorada pela pesca – foram capturados.

O estudo analisou parte da sequência do DNA mitocondrial extraído de nadadeiras comercializadas. Um dos objetivos do trabalho, publicado na revista Endangered Species Reseaech, é propor a moratória ou a restrição da captura dessa espécie de tubarão-martelo, atualmente ameaçada de extinção devido à caça predatória e ao comércio ilegal de barbatanas.

As barbatanas alimentam um mercado clandestino, principalmente na Ásia, onde atingem alto valor comercial. A sopa de barbatana de tubarão é considerada pelos povos orientais uma iguaria, muito apreciada em cerimônias como casamentos e banquetes.

“Conseguimos associar todas as barbatanas analisadas a uma determinada área dentro dos oceanos, onde essa espécie de tubarão-martelo habita, com base na similaridade entre a composição genética das barbatanas e estoques genéticos dos indivíduos dessas águas”, disse Danillo Pinhal, doutorando no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, à Agência FAPESP.

A pesquisa foi coordenada por Demian Chapman, da Universidade Stony Brook, em Nova York, e por Mahmood Shivji, diretor do Instituto de Pesquisa Guy Harvey, da Universidade Nova Southeastern, na Flórida, Estados Unidos.

Pinhal se integrou à equipe para desenvolver parte de seu doutorado, intitulado “Estrutura genético-populacional do tubarão-martelo Sphyrna lewini (Elasmobranchii: Sphyrnidae) utilizando marcadores moleculares de microssatélites”, que tem apoio da FAPESP na forma de bolsa. O projeto se insere no âmbito de um Auxílio à Pesquisa, coordenado pelo professor Cesar Martins, do Instituto de Biociências da Unesp.

Segundo Pinhal, o objetivo da pesquisa de doutoramento é entender a dinâmica populacional da espécie Sphyrna lewini ainda mais detalhadamente, ao longo da costa brasileira.

“Realizo uma análise em fina escala comparando um grande número de indivíduos oriundos de múltiplas localidades, na costa do Brasil. Também utilizo amostras do Caribe e do Golfo do México e marcadores genéticos microssatélites, além do DNA mitocondrial, para estabelecer uma comparação da composição genética dos animais ao longo da costa brasileira em relação a essas áreas e melhor avaliar a evolução contemporânea da espécie”, explicou.

Além das barbatanas, o estudo também comparou o DNA de 177 amostras de indivíduos selvagens de S. lewini do Atlântico e determinou a variabilidade genética dos estoques existentes.

Pelas análises foi possível identificar três estoques distintos no Atlântico Ocidental, compreendendo a parte norte do Atlântico (Estados Unidos e Golfo do México), a parte central (Mar do Caribe) e o Atlântico Sul, que englobaria todo o litoral brasileiro.

Uma das possíveis explicações para a diferenciação genética dentro de uma mesma área se daria pela existência dos berçários ao longo da costa, constituída de águas rasas, calmas e ricas em alimento.

“As fêmeas escolhem essas áreas porque há segregação entre neonatos e adultos machos que ali não habitam e assim, não predam seus próprios filhotes, uma das estratégias da espécie”, disse.

A alta fidelidade de as fêmeas ao local de nascimento seria outro motivo Sphyrna lewin mapapara explicar a presença de estoques distintos da espécie no Atlântico Ocidental. “Não só verificamos que a tendência de filopatria, ou seja, a chance das fêmeas retornarem ao local de nascimento, para ter os filhotes é muito maior do que se pensava, como percebemos que há uma grande diferenciação entre populações de pontos relativamente próximos”, apontou.

Segundo ele, essas características seriam responsáveis pela diferenciação genética nessas áreas. Além disso, a continuidade da pesquisa de doutorado busca também entender melhor a movimentação dos machos.

“Mostramos que existe diferenciação entre as populações do tubarão-martelo S. lewini não somente entre os oceanos, como já havia sido publicado, mas também em menor escala, entre áreas relativamente próximas. Observamos que dentro de um mesmo oceano, no caso o Atlântico, se encontram populações geneticamente bastante distintas”, disse Pinhal.

Ameaça

O estudo destaca que as espécies de tubarão-martelo são alvo da pesca predatória. As barbatanas chegam a custar de 20 a 30 vezes do mais que o quilo da carne do animal. Hong Kong é o principal comércio mundial de barbatanas, mas a prática está disseminada em todo o mundo.

“O problema é a falta de fiscalização da pesca e do comércio do pescado. Os pescadores empregam o finning, método em que o animal é capturado e, depois de cortadas as barbatanas, é jogado no mar ainda vivo. Como não consegue mais nadar, agoniza até a morte”, contou Pinhal.

No artigo publicado, os pesquisadores concluíram, a partir da análise da região controle do DNA mitocondrial (mtCR), que 21% das barbatanas analisadas eram provenientes do Atlântico Ocidental, região onde o tubarão-martelo já entrou na lista de espécies consideradas “em perigo”, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). De acordo com o biólogo, é a primeira vez que um estudo conseguiu determinar a origem geográfica de barbatanas utilizando o DNA.

De acordo com diversas pesquisas, o declínio global do tubarão-martelo já o coloca como uma espécie em perigo de extinção. “Na costa brasileira, como temos verificado que há falta de peixes, os pescadores têm capturado e aproveitado também a carne. Podemos dizer que a prática do finning caminha para não ocorrer mais, porque estão tentando aproveitar tudo em função da queda nas pescarias tradicionais, ou seja, de outras espécies que eram comumente comercializadas”, disse Pinhal.

Segundo ele, as análises de DNA estão contribuindo significativamente para o conhecimento acerca da distribuição e da saúde das populações de espécies marinhas criticamente ameaçadas.

“Os tubarões são particularmente sensíveis à exploração excessiva em função de apresentarem crescimento lento, maturidade sexual tardia e baixa fecundidade relativa, características biológicas que os aproximam dos mamíferos”, destacou.

O pesquisador ressalta que o trabalho tem como meta fornecer mecanismos que possibilitem a adoção de medidas para o adequado manejo e conservação dessas espécies de peixes.

O grupo pretende utilizar dados publicados no artigo para propor medidas de proteção na Convention on Internacional Trade in Endangered Species, que será realizada em março de 2010 no Qatar.

O artigo Tracking the fin trade: genetic stock identification in western Atlantic scalloped hammerhead sharks Sphyrna lewini, de Demian D. Chapman, Danillo Pinhal e Mahmood S. Shivji, pode ser lido em http://www.int-res.com/abstracts/esr/forensic/pp9.

Fonte: FAPESP

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Mato Grosso do Sul – Após votação confusa, projeto da pesca fica para 2010

Na penúltima sessão do ano na Assembléia Legislativa, os deputados estaduais dedicaram parte de seu tempo a debater a votação de ontem. É que a Mesa Diretora da Casa de Leis havia anunciado a aprovação em segunda discussão do projeto de lei que disciplina a exploração de recursos pesqueiros nos rios do Estado, a chamada lei da pesca. Na verdade, foi votado apenas o parecer da Comissão de Meio Ambiente. A matéria continuará tramitando na Casa e a votação final ficou para 2010.

Hoje pela manhã, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), recebeu o parecer da Comissão de Meio Ambiente para analisar a constitucionalidade das emendas propostas no relatório. O deputado Paulo Duarte (PT) pediu vistas do parecer, anulando de vez qualquer possibilidade de a matéria ser votada neste ano.

Agora, seguindo o Regimento Interno, ele só é obrigado a devolver a matéria na próxima sessão da CCJR que será realizada em fevereiro de 2010. Duarte é contrário ao parecer aprovado ontem.

A Comissão de Meio Ambiente propõe liberar o uso de petrechos para a pescaria no ano de 2010, proibindo o uso só em 2011.

Ele defende o veto imediato aos instrumentos sob a alegação de que o uso dos petrechos extinguirá recursos pesqueiros em pouco tempo.

Conforme o deputado, a votação do parecer em plenário ontem teria fugido às regras da Casa. Uma vez que, para ele, as emendas tinham que ser analisadas primeiro na CCJR, para depois enfrentar o plenário.

Já o deputado Paulo Corrêa (PR), presidente da Comissão de Meio Ambiente, e autor da parecer apreciado ontem, discorda de Duarte. Afirma que, regimentalmente, a Mesa pode sim colocar o parecer em votação antes da apreciação da constitucionalidade.

A tramitação do projeto ainda continuará por outra comissão de mérito, a de Agricultura e Pesca, presidida pelo deputado Márcio Fernandes (PTdoB) que deve avocar a relatoria do projeto.

A lei da pesca é um dos temas mais polêmicos que passou pela Casa neste ano. O ponto mais polêmico é a liberação do uso dos petrechos, porém, também houve debate sobre a concessão de novas licenças para pescadores, e sobre o fato do texto não exigir que a atividade pesqueira seja a única para conceder a licença, podendo ser declarada apenas como principal.

Equívoco

Líder do governo na Assembléia, o deputado Youssif Domingos (PMDB) explica que o tropeço da Mesa Diretora foi além de ter anunciado a votação do projeto equivocadamente. É que normalmente, são votadas em uma mesma sessão, os pareceres das comissões de mérito.

Porém, ontem, o plenário votou apenas o parecer da Comissão de Meio Ambiente, deixando para trás a Comissão de Agricultura e Pesca.

“Agora, para se corrigir isso terá que haver outra votação para analisar o parecer da Comissão de Agricultura”, comentou.

Assim, a mesma matéria, poderá ser apreciada em plenário nada menos que quatro vezes. Já que no ano que vem, os deputados terão que apreciar o parecer da CCJR ao relatório da Comissão de Meio Ambiente que modifica o texto original apresentando duas emendas e, por fim, a votação em redação final. Para entrar em vigor, precisará ainda da sanção do governador André Puccinelli (PMDB).

Em 24 de novembro, o projeto foi aprovado em primeira discussão quando se analisa apenas a constitucionalidade da matéria. Diante do plenário lotado de pescadores que exigiam a aprovação da proposta, só três deputados votaram contra. Houve 20 votos a favor.

Márcio Fernandes, presidente da Comissão de Agricultura e Pesca, não teceu comentários sobre a confusão na votação da proposta. Disse apenas que aguarda a lei da pesca chegar à comissão presidida por ele para avaliar texto original e o parecer da Comissão de Meio Ambiente.

O presidente da Assembléia Jerson Domingos (PMDB) que comandou a votação ontem não se pronunciou sobre os embaraços na apreciação da lei da pesca.

Fonte = Midiamax

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